O ex-advogado pessoal de Donald Trump, Rudy Giuliani, acusado de fazer parte de um plano para reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos, foi inabilitado de exercer sua profissão em Nova York, segundo um documento judicial divulgado nesta terça-feira (2).
Prefeito desta cidade entre 1994 a 2001, Giuliani já teve sua licença suspensa após apoiar as alegações de Trump, de que a eleição de 2020, vencida pelo democrata Joe Biden, teria sido fraudada.
"A gravidade da má conduta não pode ser exagerada" pelo ex-advogado, escreveu o Tribunal de Apelações de Nova York, que ordena que Rudolph William Giuliani seja "proibido de exercer a advocacia, com efeito imediato e até nova ordem".
O republicano, que ganhou o apelido de "prefeito dos Estados Unidos" por ter ocupado o cargo durante a comoção gerada pelos ataques de 11 de setembro de 2001, enfrenta uma série de batalhas judiciais sobre seu papel na anulação dos resultados eleitorais e por sua própria ruína financeira.
Em dezembro, o advogado de 80 anos pediu falência, poucos dias após ser condenado a pagar mais de US$ 148 milhões (R$ 716 milhões na cotação da época) por difamar dois agentes eleitorais em 2020.
Em maio deste ano, foi indiciado no Arizona junto com outras 17 pessoas por seu suposto papel para reverter a derrota de Trump neste estado, onde Biden venceu por pouco mais de 10 mil votos. Ele é acusado pelas mesmas ações no estado da Geórgia.
Em Nova York, Giuliani é acusado de assédio sexual e roubo de salário por uma ex-funcionária, denúncias que ele nega.
Também enfrenta um processo de inabilitação em Washington, onde já havia sido suspenso de exercer a advocacia enquanto aguarda uma decisão final do Tribunal de Apelações da capital.
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