Enrique Márquez, candidato opositor à presidência da Venezuela, expressou confiança no sistema eleitoral automatizado de seu país e descartou a possibilidade de fraude com as urnas de votação, ao denunciar que o governo do presidente Nicolás Maduro está tentando desencorajar a participação popular.

"Acreditamos no sistema eleitoral automatizado e estamos participando do monitoramento. Esse sistema funciona bem e funcionará no dia da eleição presidencial de 28 de julho", disse Márquez em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (9).

Márquez foi representante da oposição no Conselho Nacional Eleitoral de 2021 a 2023.

Embora as pesquisas mostrem uma baixa intenção de voto para ele, especialistas consideram sua candidatura estratégica para salvaguardar uma opção opositora no caso de uma hipotética anulação da candidatura de Edmundo González Urrutia, representante da líder opositora María Corina Machado e favorito nas pesquisas.

"Vimos como todo o país está voltado para a participação", observou Márquez, criticando que "líderes de partidos opositores têm sido presos por fazer política" nos últimos meses.

O governo "tem o objetivo de provocar a abstenção, de que haja perda de credibilidade no processo eleitoral. Eles querem nos fazer acreditar que é impossível mudar o governo com o voto. Mas há uma profecia e o povo a tem em suas mãos. O povo vai se expressar e vai mudar o governo", afirmou.

Maduro, no poder desde 2013, busca a reeleição para mais um mandato de seis anos, até 2031.

González Urrutia, um diplomata de 74 anos que nunca havia participado de uma eleição, foi indicado de última hora após a inelegibilidade política de Machado e o impedimento do registro da candidatura de sua substituta designada, Corina Yoris.

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