Líderes de religiões orientais assinaram nesta quarta-feira um apelo promovido pelo Vaticano para que a Inteligência Artificial (IA) seja utilizado com ética, em uma cerimônia realizada na cidade japonesa de Hiroshima.
O 'Chamado de Roma pela Ética na IA', lançado pelo Vaticano em 2020, indica que a inteligência artificial deve ser desenvolvida "com princípios éticos que garantam que sirva ao bem da humanidade".
O desenvolvimento da IA levanta preocupações sobre o impacto que poderá ter na guerra, nas eleições ou nos empregos.
Empresas como IBM, Microsoft e Cisco, além de líderes religiosos do cristianismo, do islamismo e do judaísmo aderiram ao apelo em 2020.
Doze líderes de religiões com raízes asiáticas, incluindo budistas, sikhs e xintoístas, reuniram-se no Parque da Paz de Hiroshima, vítima de um ataque nuclear americano em 1945, para assinar o código de ética.
Os signatários concordaram que os sistemas de IA "não devem discriminar ninguém" e que "sempre deve haver um responsável pelo que uma máquina faz". Devem ser confiáveis, seguros, fáceis de entender e "não devem seguir ou criar preconceitos", afirmaram.
O chamado também foi assinado pela ONU, Itália e várias universidades.
O papa voltou a mencionar a questão em junho, na cúpula do G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido], na qual apelou à regulamentação da IA.
Pesquisadores do Instituto de Ética da Inteligência Artificial da Universidade de Oxford consideram a questão "urgente e importante".
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