Os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediram a anulação de sua condenação criminal em Nova York por pagamentos ocultos a uma estrela pornô, citando uma decisão recente da Suprema Corte que reconhece ampla imunidade ao magnata republicano. 

Em 1º de julho, a Suprema Corte dos EUA, de maioria conservadora, reconheceu certa imunidade criminal para o presidente em uma decisão sem precedentes, uma vitória para Trump poucos meses antes de uma eleição que o colocará contra o presidente democrata Joe Biden.

"As conclusões do júri devem ser anuladas e a acusação rejeitada", disseram os advogados de Trump em um documento apresentado na quinta-feira ao juiz de Nova York, Juan Merchan. 

O republicano, que enfrenta quatro processos criminais, foi condenado em 30 de maio por 34 acusações de falsificação de documentos contábeis com o objetivo de ocultar um pagamento de 130.000 de dólares (703 mil reais na cotação atual) à atriz pornô Stormy Daniels para evitar um escândalo sexual no final de sua campanha presidencial de 2016.

Trump tornou-se então o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado criminalmente.

A sentença do caso deveria ter sido proferida na quinta-feira, mas essa fase do julgamento foi adiada após a decisão da Suprema Corte.

O juiz Merchan disse que decidiria sobre a moção para anulação do julgamento em 6 de setembro, mas se a moção for negada, a sentença ocorrerá em 18 de setembro.

O promotor de distrito de Manhattan, Alvin Bragg, disse anteriormente ao tribunal que não se opunha ao adiamento da sentença, mas que "os argumentos do réu" com relação ao seu pedido de anulação da condenação eram "infundados".

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