O americano Dwight Jackson, de 27 anos, está processando o Shinola Hotel, de quatro estrelas. O jovem alega que mandou currículo para uma vaga de emprego diversas vezes, mas só recebeu o convite para uma entrevista quando mudou o nome do documento. No novo currículo, ele era chamado de John Jebrowski.
À CNN, Dwight contou que se candidatou a vagas no hotel entre janeiro e abril. Ele já tinha experiência no setor de hotelaria, e chegou a trabalhar na recepção de outros hotéis de luxo da cidade. Depois de meses sendo rejeitado, ele decidiu mudar o currículo, para incluir um “nome caucasiano mais facilmente aparente”, de acordo com o processo. O documento listava a mesma experiência de trabalho, nos mesmos locais, pelo mesmo período de tempo.
Após a mudança, ele recebeu diversos pedidos de entrevista na mesma semana em que enviou os currículos. O processo acusa o hotel de violar a Lei de Direitos Civis Elliott Larsen de Michigan ao negar uma entrevista a Jackson quando ele usou seu nome verdadeiro.
Dwight chegou a ir à entrevista e diz ter confrontado a administração do hotel sobre o caso, acusando-os de rejeitar seus currículos iniciais devido à sua raça. Após a entrevista, o Shinola Hotel informou ao homem que ele não era um candidato viável para o cargo.
Anna Stancioff, sócia operacional do Shinola Hotel, emitiu um comunicado sobre o processo. “Levamos esta alegação muito a sério e não toleramos qualquer tipo de discriminação. Estamos empenhados em promover um local de trabalho inclusivo onde todos tenham a oportunidade de ter sucesso e estamos dedicados a construir uma força de trabalho diversificada que reflita a comunidade”, diz o texto.
O hotel tem 4,5 estrelas no Google e está recebendo avaliações negativas após o caso. “Dei uma avaliação mediana, de qualquer forma, é triste que os hotéis como tais não se importem em aceitar moeda de afro-americanos, mas supostamente não tenham um trabalho afro-americano bem qualificado para eles”, escreveu uma crítica.