Ao menos 21 pessoas morreram e 20 ficaram feridas após a queda de um ônibus em um abismo no sul do Peru, informou a polícia nesta terça-feira (16).

O veículo, com mais de 40 ocupantes, seguia para Lima pela região andina Ayacucho, quando caiu no precipício de cerca de 200 metros.

"A informação que temos é de que há 21 mortos", disse à rádio RPP o coronel Jhonny Valderrama, chefe da Divisão de Proteção de Rodovias.

Outros vinte passageiros sofreram ferimentos e foram "levados para hospitais da região", acrescentou o oficial.  

A área onde ocorreu o acidente é cercada por abismos e tem pouca visibilidade devido à neblina. 

Várias equipes de policiais e bombeiros trabalham na emergência. 

"Esta zona geográfica de Ayacucho é muito difícil para os trabalhos de resgate", comentou o coronel Valderrama.

Até o momento as autoridades não revelaram as prováveis causas do acidente. 

Segundo o Ministério dos Transportes, o veículo passou por dois postos de controle e tinha autorização para transportar passageiros.

- Alta periculosidade -

Na mesma rodovia onde o veículo se acidentou de madrugada, e que liga a costa ao sul andino do Peru, 17 passageiros de um ônibus morreram em maio. 

"Gostaria de expressar meus pêsames e condolências às famílias que hoje perderam pessoas queridas neste acidente trágico", disse à imprensa o ministro de Transportes, Raúl Pérez. 

A taxa de mortalidade por acidentes no Peru foi de 14 pessoas a cada 100.000 habitantes em 2019, frente à média de 17 vítimas por 100.000 nas Américas, segundo o Banco Mundial.

Entre 2021 e 2023 houve uma média anual de 3.000 mortes nas estradas peruanas, segundo o ONSV, órgão nacional para segurança das estradas do Ministério dos Transportes.

As autoridades relacionam o alto índice de acidentes a três causas principais: direção imprudente, excesso de velocidade e embriaguez. 

Segundo o Ministério dos Transportes, 87.172 sinistros foram registrados oficialmente em 2023, deixando 3.316 mortos. 

Os esforços das autoridades para melhorar a fiscalização conseguiram reduzir a taxa para 9,5 mortes para cada 100.000 habitantes em 2023, mas o sangue continua a escorrer pelas estradas. 

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