Apoiadores do republicano Donald Trump, que disputa as eleições presidenciais nos Estados Unidos, compareceram à Convenção Nacional Republicana, nessa quarta-feira (17/7), com um curativo na orelha. O “assessório” é usado como apoio ao candidato, atingido na orelha com um tiro em um atentado no sábado (13/7).
Os curativos falsos são feitos em vários materiais, que vão de gaze e algodão a fita adesiva e pedaços de papel dobrados. Joe Neglia, um delegado do Arizona, disse à Fox News que teve a ideia após ver Trump em sua primeira aparição pública após a tentativa de assassinato. “Pensei: ‘o que posso fazer para honrar a verdade? O que posso fazer?’ E então eu vi o curativo e pensei, posso fazer isso. Então, coloquei-o simplesmente para homenagear Trump e para expressar simpatia e unidade com ele”, disse.
Segundo ele, os curativos falsos são a “nova tendência de moda” da Convenção Republicana. “Todo mundo vai usar isso em breve”, previu. Stacey Goodman, outra delegada do Arizona que aderiu à moda, disse que se inspirou em outro delegado, que também usava o “adereço”.
Ray Michaels, outro delegado do Arizona, disse à Associated Press: “Percebemos que esta era uma tragédia que nunca deveria ter acontecido e queremos que [Trump] saiba que estamos passando por isso com ele”, apontou. Além dos curativos, os republicanos aderiram ao punho erguido e o grito de “lute, lute, lute” – ambos os gestos que Trump fez momentos após o ataque, comemorados por uma fotografia icônica que já foi estampada em vários produtos republicanos.
No sábado, Trump foi atingido por um tipo durante um comício. Um apoiador, o bombeiro Corey Comperatore, foi fatalmente atingido. O atirador, Thomas Matthew Crooks, foi abatido pelas forças de segurança. Outras duas pessoas, além de Trump, ficaram feridas. Apenas uma pequena parte de uma orelha do candidato foi atingida.
De acordo com o ex-médico da Casa Branca, deputado Ronny Jackson, que atendeu Trump, a bala “arrancou um pouco o topo de sua orelha”. Eric Trump, filho do ex-presidente, disse que o pai ficou “a milímetros de ter sua vida eliminada” e que ele estava lidando com “a maior dor de ouvido que já teve”.