O secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, qualificou, neste sábado (20), como "ofensivos" os ataques misóginos dirigidos às mulheres agentes do Serviço Secreto, que protegeram Donald Trump da tentativa de assassinato que sofreu na semana passada.

"Estas afirmações são infundadas e ofensivas", expressou Mayorkas em um comunicado, depois que personalidades da direita americana acusaram o Serviço Secreto das práticas de contratação que, dizem, quase resultaram na morte do ex-presidente republicano.

Um jovem armado abriu fogo em um comício de Trump na Pensilvânia há uma semana, matando um pedestre e ferindo outros dois. O candidato presidencial do Partido Republicano ficou ferido na orelha direita.

O secretário elogiou as mulheres "altamente qualificadas e formadas" que servem em todos os níveis das forças de segurança do país por arriscarem "suas vidas na primeira linha pela segurança dos demais".

O Departamento de Segurança Nacional, "com grande orgulho, dedicação e devoção à missão, continuará recrutando, mantendo e promovendo as mulheres em suas fileiras", acrescentou.

Após o ataque contra Trump, seguidores da direita fizeram uma série de críticas ao Serviço Secreto por contar com mulheres em suas fileiras, ressaltando supostas falhas na resposta à tentativa de assassinato.

Várias agentes foram vistas entre os encarregados da segurança vestidos com ternos pretos e usando óculos de sol que se apressaram em proteger Trump com seus corpos depois que soaram os tiros no ato de campanha. Em seguida, tiraram-no do palanque e o conduziram até um carro para colocá-lo a salvo.

Muitos dos comentários criticavam as práticas de contratação DEI - sigla em inglês para diversidade, equidade e inclusividade -, que alguns republicanos criticam por considerarem que discrimina os homens brancos em particular.

O Serviço Secreto se defendeu destas acusações no passado. Algumas semanas antes do ataque contra Trump, um porta-voz desta força assegurou que os agentes "se mantêm nos mais altos padrões profissionais... Em nenhum momento a agência rebaixou estes padrões".

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