O presidente Ferdinando Marcos afirmou, nesta segunda-feira (22), que as Filipinas "não podem ceder" nas disputas territoriais, após uma série de confrontos crescentes com Pequim no Mar do Sul da China. 

Manila está imersa em uma disputa territorial de longa data com Pequim sobre parte dessa via marítima estratégica, pela qual passam anualmente bilhões de dólares em comércio. 

Sem mencionar a China, Marcos afirmou que as Filipinas continuariam "encontrando formas de diminuir as tensões nas áreas disputadas, sem comprometer nossa posição e nossos princípios". 

"As Filipinas não podem ceder. As Filipinas não podem vacilar", disse Marcos em seu discurso anual sobre o Estado da Nação ante o Congresso.

Seus comentários acontecem depois que as Filipinas e a China chegaram a um "acordo provisório" para as missões de reabastecimento das tropas filipinas estacionadas no Segundo Banco de Thomas, foco de confrontos violentos nos últimos meses. 

Pequim reclama soberania sobre quase todo Mar do Sul da China e afirma sua postura mobilizando a guarda-costeira e outros navios para patrulhar as águas e recifes disputados. 

"Seguimos fortalecendo nossa postura defensiva tanto mediante o desenvolvimento da autossuficiência como através de parcerias com estados aliados", disse Marcos,  que recebeu aplausos de pé quando declarou "o Mar das Filipinais Ocidentais é nosso". 

A relação das Filipinas com a China têm sido turbulentas desde que Marcus assumiu o cargo em 2022, prometendo defender as reivindicações de seu país sobre o Mar do Sul da China. 

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