Centenas de bailarinos que ameaçavam fazer greve durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris na sexta-feira (24) cancelaram seu protesto depois de receber uma nova oferta salarial, anunciou o sindicato. 

Os artistas conseguiram um aumento salarial vinculado aos direitos de transmissão ao vivo da cerimônia durante uma rodada final de negociações com os organizadores, disse o sindicato SFA-CGT em um comunicado. 

O sindicato, que diz representar cerca de 10% dos 3.000 artistas envolvidos na cerimônia de abertura, apresentou um aviso de greve na semana passada devido ao que descreveram como "desigualdades escandalosas" na remuneração entre os bailarinos. 

O acordo alcançado nesta quarta-feira significa que os dançarinos mais mal pagos receberão entre 160 e 240 euros (970 e 1450 reais) a mais por sua apresentação na noite de sexta-feira, disse à AFP um membro do sindicato envolvido nas negociações.

Alguns deles protestaram na segunda-feira durante os ensaios no rio Sena, parando e levantando os punhos por oito minutos.

A greve ameaçou prejudicar a cerimônia em um país conhecido por suas disputas trabalhistas.

Os trabalhadores do setor público francês ameaçaram fazer greve ou parar de trabalhar antes dos Jogos Olímpicos para exigir bônus extras durante o evento, de 26 de julho a 11 de agosto, que coincide com as férias de verão.

O governo concedeu um pagamento extra de até 1.900 euros (11.500 reais) para a polícia e os trabalhadores municipais de Paris.

A cerimônia de abertura será realizada ao longo de um trecho de 6,4 quilômetros do rio Sena, com a expectativa de que até 7.000 atletas naveguem pelo rio em 85 barcos.

Será a primeira vez que uma Olimpíada de Verão será aberta fora do principal estádio de atletismo.

Um pequeno sindicato da ADP, operadora do aeroporto de Paris, também apresentou um aviso de greve para sexta-feira.

A administração da ADP chegou a um acordo na semana passada com a maioria dos sindicatos para encerrar uma disputa sobre os bônus olímpicos.

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