Mais de 500 mexicanos, dentre eles crianças e idosos, fugiram para a Guatemala nos últimos dias por conta da violência do narcotráfico no estado de Chiapa, no sul do México, informou, nesta quinta-feira (25), o Instituto de Migração da Guatemala.

"Durante a semana, foi identificado um fluxo migratório de pessoas do México em condições de mobilidade humana (...). Segundo o monitoramento feito pela Migração são mais de 500 pessoas, entre mulheres, homens, crianças e adultos mais velhos", afirmou a instituição em comunicado.

Na última quarta-feira (24), o gabinete do Procurador dos Direitos Humanos e o Exército estimam quase 300 mexicanos deslocados.

As famílias "se deslocaram de maneira forçada para a Guatemala por causa da violência que assola o sul do país vizinho" e buscaram refúgio em comunidades do município guatemalteco de Cuilco, que faz fronteira com Chiapas, acrescentou o Instituto de Migração.

Além disso, juntamente com outras instituições “foi preparada uma comissão de assistência humanitária” para “identificar as necessidades destas pessoas”.

A zona fronteiriça de Chiapas regista um recrudescimento da violência provocada pelos confrontos entre os cartéis Jalisco Nueva Generación e Sinaloa, os dois maiores grupos criminosos do México.

De acordo com o centro de análise Insight Crime, ambas disputam o controle  das localidades fronteiriças, uma área chave para o tráfico de drogas, armas e migrantes que atravessam o México para chegar aos Estados Unidos.

Em 28 de junho ocorreu um massacre em Chiapas que deixou 19 mortos, incluindo sete guatemaltecos.

No início de julho, as autoridades mexicanas transferiram para abrigos mais de 4.000 pessoas que estavam escondidas nas suas casas após vários dias de violência na cidade de Tila, Chiapas.

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