A União Europeia transferiu, nesta sexta-feira (26), cerca de 1,5 bilhão de euros (R$ 8,6 bilhões na cotação atual) em apoio à Ucrânia, procedentes dos lucros gerados por ativos russos congelados no bloco.

Os países da UE chegaram a um acordo em maio para utilizar bilhões de euros gerados por estes ativos para armar a Ucrânia e financiar sua reconstrução pós-guerra.

A UE congelou cerca de 200 bilhões de euros (R$ 1,5 trilhão) em ativos do Banco Central russo mantidos no bloco como parte das sanções impostas à Rússia devido à sua invasão na Ucrânia em 2022.

Cerca de 90% destes fundos estão sob controle da empresa de serviços financeiros Euroclear, sediada na Bélgica.

"A UE apoia a Ucrânia. Hoje transferimos 1,5 bilhão de euros procedentes de ativos russos mobilizados para a defesa e reconstrução da Ucrânia", declarou em comunicado a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O bloco anunciou que 90% dos lucros se destinariam a um fundo utilizado para comprar armas para Kiev, conhecido como Mecanismo Europeu de Apoio à Paz. Os outros 10% seriam direcionados ao fundo da UE para apoiar a reconstrução da Ucrânia.

A Rússia classificou a medida como "ilegal".

"Esta é uma razão para tomar medidas em resposta às decisões ilegais como esta, que são implementadas pela União Europeia", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, à imprensa.

Já o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shymgal, agradeceu o apoio.

"Obrigado, Von der Leyen e UE, por seu firme apoio e esta importante contribuição à defesa e reconstrução da Ucrânia", publicou em suas redes sociais.

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