Os chanceleres de nove países latino-americanos disseram à Venezuela que é "indispensável" que se "conte" com garantias de que os resultados das eleições deste domingo (28) serão respeitados.

"Consideramos indispensável que se conte com garantias de que os resultados eleitorais respeitarão plenamente a vontade popular expressa pelo povo venezuelano nas urnas", afirmou um comunicado conjunto dos chanceleres da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

No comunicado, divulgado pelas chancelarias panamenha, costarriquenha e guatemalteca em suas contas na rede social X, os chanceleres disseram que a garantia de que os resultados serão respeitados passa por uma "contagem dos votos transparente" e uma "verificação e controle" por parte de "observadores e delegados" de todos os candidatos.

Além disso, os chefes da diplomacia dos nove países asseguraram que seguem "de perto os acontecimentos na Venezuela".

Na manhã deste domingo, os governos da República Dominicana, Panamá, Costa Rica e Equador afirmaram que "a vontade do povo venezuelano (...) deve ser acatada", por meio de um comunicado conjunto emitido pouco após o início das eleições presidenciais na Venezuela.

"Diante das declarações de Nicolás Maduro sobre a possibilidade de um "banho de sangue" caso o oficialismo perca as eleições, repetimos nosso chamado às autoridades venezuelanas a cumprir com a Carta Democrática Interamericana", afirmou um comunicado da Aliança para o Desenvolvimento em Democracia (ADD), que é formada pelos quatro países.

Os membros da ADD também solicitaram no comunicado, divulgado pela chancelaria panamenha, que nas eleições "a vontade do povo venezuelano, fundamento da democracia, deve ser acatada".

As quatro nações também pediram garantias para que os comícios fossem "livres, justos e transparentes" e rejeitaram ações do governo venezuelano que limitaram "o acesso" a observadores internacionais, incluindo vários ex-presidentes latino-americanos.

Na sexta-feira passada, as autoridades venezuelanas impediram que quatro ex-mandatários viajassem para Caracas, como denunciou o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, em sua conta no X.

O grupo era composto pelos ex-presidentes Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica), Jorge Quiroga (Bolívia), Vicente Fox (México) e Mireya Moscoso (Panamá), que são membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas, um fórum de ex-governantes de direita.

"O resultado da eleição venezuelana, para sua legitimidade, deve ser o reflexo transparente da vontade popular expressa livremente nas urnas", afirmaram as quatro nações.

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