FOLHAPRESS - Figuras do alto escalão do chavismo começam a pedir em Caracas a prisão da líder opositora María Corina Machado e do candidato Edmundo González, enquanto o ditador Nicolás Maduro afirma que a dupla é responsável por "atos de vandalismo no país".

 

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"Dizemos a eles: na Venezuela há que ter Justiça", afirmou Maduro nesta terça-feira (30/7) após se reunir no Palácio de Miraflores com todos os seus ministros. "Nesta madrugada detivemos um grupo criminoso que trabalha diretamente com María Corina", afirmou, sem provas.

 

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O discurso chavista no país cresce contra a dupla que lidera a coalizão opositora que afirma ter saído vencedora nas eleições de domingo (28/7). Com alegados 80% dos votos apurados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), majoritariamente chavista, deu vitória a Maduro com 51,2%.

 

Mais cedo, Jorge Rodríguez, que preside a Assembleia Nacional controlada pelo regime e coordenou a campanha de Maduro, pediu no Legislativo a prisão da ex-deputada liberal María Corina e do diplomata González, que representou a oposição majoritária nas urnas.

 

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O também radical Diosdado Cabello, outro no alto escalão chavista, disse na mesma Assembleia em Caracas que María Corina e González serão "acusados perante as autoridades competentes pelo mais graves crimes e que nenhum será beneficiado".

 

"Não vão nos deter nem nos provocar", afirmou. "Los vamos a joder [vamos ferrá-los]. Dar a maior lição das lições, vamos os deter", seguiu.

 



 

Com apoio da alta cúpula militar, Nicolás Maduro tem dito que há uma tentativa de golpe de Estado em curso no país com apoio dos EUA. Já proclamado presidente, ele não dá nenhum sinal de se divulgará as atas eleitorais que a comunidade internacional pede para que se comprove se houve lisura no processo.

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