O brasileiro Caio Bonfim conquistou o maior êxito de sua carreira com a prata olímpica em Paris-2024, nesta quinta-feira (1º), após o qual considerou que havia conseguido "vencer os preconceitos" que, segundo ele, persistem contra sua modalidade.
"Quando eu comecei era muito difícil ser marchador no meu país. O dia que eu cheguei em casa e disse que queria ser marchador realmente estava dizendo que tinha decidido ser criticado", explicou aos jornalistas em sua passagem pela zona mista após sua prata olímpica.
"Alguém me perguntou hoje se havia sido difícil para mim a corrida. Não, difícil foi o dia que comecei a marchar, até chegar aqui. Venci os preconceitos, o Brasil não tem marchadores (...) em comparação ao que ocorre em outros países", destacou.
Bonfim, de 33 anos, tinha até agora como grandes conquistas os bronzes nos Mundiais de Londres em 2017 e Budapeste em 2023.
"A medalha de hoje é fruto do trabalho de uma vida. Não sei nem dizer o que significa. Não estou acostumado a escutar isso de medalhista olímpico. É como um sonho", sorriu.
Caio terminou os 20 quilômetros em frente à Torre Eiffel com o tempo de 1h19:09, superado apenas pelo equatoriano Daniel Pintado (1h18:55), que o ultrapassou nas últimas duas voltas.
O brasileiro ficou lutando pela prata com o espanhol Álvaro Martín, que ganhou o último Mundial em uma corrida onde Bonfim ficou em terceiro.
Desta vez, o brasileiro o venceu por dois segundos (1h19:09 contra 1h19:11), conquistando o segundo lugar.
A medalha de Caio foi a quinta para o Brasil em Paris-2024 e a segunda de prata, depois da conquistada pelo judoca William Lima na categoria até 66 quilos.
Nesta quinta, também foi disputada a prova feminina de 20 quilômetros da marcha atlética e a brasileira Erica de Sena terminou em 13º (1h29:32).
rs-dr/mcd/dd/cb