O sindicato de trabalhadores de Escondida, a maior mina de cobre do mundo, localizada no norte do Chile, convocou nesta quinta-feira (1º) uma greve após rejeitar a oferta de negociação coletiva da empresa, que buscará uma mediação estatal.

Segundo um comunicado, 99,75% dos trabalhadores filiados ao sindicato se manifestaram a favor de paralisar as atividades, considerando que a oferta da empresa "não contém nenhum avanço nas legítimas demandas dos trabalhadores".

A proprietária majoritária da mina Escondida é a anglo-australiana BHP, que solicitou mediação do governo.

"A companhia solicitará nos próximos dias a mediação obrigatória junto à Inspeção do Trabalho a fim de alcançar um acordo", assegurou a empresa em um comunicado.

O sindicato espera que a votação "seja vista pela BHP como uma oportunidade para iniciar conversas substanciais para alcançar acordos satisfatórios (...) se quiser evitar um conflito extenso, que poderia ser o mais custoso da história sindical do país".

A mina de cobre a céu aberto está localizada na região de Antofagasta (cerca de 1.400 km ao norte de Santiago) e produziu em 2023 quase 1,1 milhão de toneladas do metal vermelho.

Em 2017, os trabalhadores de Escondida realizaram uma greve de 44 dias, a mais prolongada da história da mineração chilena, que gerou US$ 740 milhões (R$ 4,2 bilhões, na cotação atual) em perdas.

Com uma produção anual de 5,3 milhões de toneladas de cobre, equivalente a um quarto da oferta global, o Chile é o maior produtor do metal.

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