Uma investigação do governo australiano publicada nesta sexta-feira (2) concluiu que o ataque letal contra um comboio da ONG World Central Kitchen (WCK) em Gaza em abril foi resultado de "graves falhas" do Exército israelense.

O governo australiano ordenou a investigação, comandada pelo ex-comandante da Força Aérea Mark Binskin, porque entre as sete vítimas do ataque estava um cidadão do país.

O Exército israelense já reconheceu erros no ataque contra o comboio da ONG do famoso chef José Andrés, que também matou três britânicos, um polonês, um americano-canadense e um palestino.

O relatório publicado pelo governo australiano afirma que o ataque "não foi consciente ou deliberadamente direcionado contra a WCK".

Foi um "erro grave derivado de uma grave falha devido a uma identificação equivocada, erros na tomada de decisão e violações das normas de confronto e procedimentos operacionais", acrescenta o documento.

Segundo o documento, os militares israelenses confundiram o comboio humanitário com um do movimento palestino Hamas porque na parte superior de um dos caminhões estava um segurança aparentemente armado contratado pela ONG.

Um dos erros mais importantes foi não ter consultado o plano de deslocamento estabelecido antes entre a ONG e o Exército, afirma a investigação.

"Neste incidente, parece que os controles das Forças de Defesa de Israel fracassaram, o que provocou erros na tomada de decisões e uma identificação incorreta", afirma o texto.

A chanceler australiana, Penny Wong, exigiu desculpas de Israel e afirmou que o país seguirá pressionando por uma "responsabilização total", o que pode incluir acusações criminais.

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