O presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu nesta quinta-feira (1º) ao governo do Brasil por assumir a custódia da embaixada argentina na Venezuela, onde seis opositores venezuelanos permanecem sob proteção, anunciou o chefe de Estado na rede social X.

"Agradeço enormemente a disposição do Brasil de assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e seus cidadãos", escreveu Milei.

O Itamaraty confirmou à AFP que assumirá a custódia da representação argentina, assim como a do Peru, depois que Caracas rompeu na terça-feira as relações diplomáticas após as "temerárias declarações" de Lima, que reconheceu o opositor Edmundo González Urrutia como presidente eleito.

A Argentina havia solicitado a outros países proteção aos seis políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas desde 20 de março, em meio à decisão do governo de Nicolás Maduro de expulsar o corpo diplomático argentino.

"Hoje [quinta-feira] o corpo diplomático argentino teve que deixar a Venezuela como represália do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude que perpetraram no domingo passado", afirmou Milei.

O presidente defendeu uma normalização rápida da situação. "Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos nossa embaixada em uma Venezuela livre e democrática", acrescentou. 

Milei também destacou a decisão do Brasil. "Os laços de amizade que unem a Argentina com o Brasil são muito fortes e históricos."

A respeito dos asilados venezuelanos que agora estão sob custódia do Brasil, a chancelaria argentina indicou que "eles foram privados de sair do país ao lado dos funcionários da embaixada".

Em um comunicado publicado nesta quinta, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina confirmou que todo o corpo diplomático de sua embaixada em Caracas deixou a Venezuela junto com seus familiares.  

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