Os Estados Unidos planejam reforçar suas capacidades defensivas no Oriente Médio para proteger as forças americanas e ajudar a defender Israel, afirmou o Pentágono nesta sexta-feira (2). 

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, comandará múltiplas ações "para reforçar a proteção das forças americanas em toda a região, proporcionar um maior apoio à defesa de Israel e garantir que os Estados Unidos estejam preparados para responder a esta crise", disse a secretaria-adjunta de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.

O anúncio foi feito depois que Irã e seus aliados regionais prometeram adotar represálias pelos assassinatos de um líder do movimento islamista Hamas em Teerã e um comandante do movimento xiita libanês Hezbollah em Beirute, alimentando os temores de um conflito mais amplo na região. 

Israel matou o comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, na última terça-feira, em uma ação que, segundo o país, foi uma resposta ao lançamento de foguetes na semana passada, nas anexadas Colinas de Golã, que deixou 12 mortos. 

Horas depois, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado na capital iraniana, um ataque que Israel ainda não comentou, embora o grupo e o Irã tenham atribuído às forças israelenses.

Uma fonte próxima ao Hezbollah disse à AFP que os funcionários iranianos se reuniram em Teerã na última quarta com representantes do chamado "eixo de resistência", uma aliança informal de grupos apoiados por Teerã e hostis a Israel, para discutir seus próximos passos.

"Dois cenários foram discutidos: uma resposta simultânea do Irã e de seus aliados ou uma resposta escalonada de cada parte", disse a fonte. 

Em abril deste ano, o Irã realizou seu primeiro ataque direto em solo israelense, fazendo uma ofensiva com drones e mísseis depois que um ataque atribuído a Israel matou oficiais da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da república islâmica, no consulado de Teerã em Damasco. 

As forças americanas ajudaram a defender Israel contra o ataque. 

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