As Nações Unidas afirmaram, nesta segunda-feira (5), que nove funcionários de sua Agência para os Refugiados Palestinos (UNRWA) "poderiam estar envolvidos" no ataque de 7 de outubro no sul de Israel, executado pelo Hamas e que desencadeou a guerra em Gaza, e acrescentou que foram demitidos.
Após uma investigação realizada pelo Escritório de Serviços de Supervisão Interna (OSSI), apontou-se que nove membros dos 19 investigados podem "ter participado dos ataques armados" de 7 de outubro.
"Temos informações suficientes para tomarmos as medidas que estamos tomando – ou seja, a demissão destes nove indivíduos", disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
Em janeiro, Israel denunciou que doze empregados da agência para os refugiados palestinos participaram do atentado mortal em território israelense que deixou 1.917 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Os comandos islamistas sequestraram 251 reféns, 111 dos quais seguem cativos em Gaza, entre eles 39 que, segundo o Exército, morreram.
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Em 29 de janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma investigação das denúncias. Logo depois, as autoridades israelenses apresentaram denúncias contra outros sete membros da agência.
Agora, o OSSI concluiu a investigação das 19 pessoas denunciadas e aponta que em um caso "não há evidência" de seu suposto envolvimento.
Em outros nove, a "evidência é insuficiente para apontar seu envolvimento", embora a organização anuncie "que medidas apropriadas serão tomadas em seu devido tempo, em conformidade" com as normas da agência.
Os nove restantes "podem ter participado" e seu vínculo empregatício com a agência "será rescindido em interesse" da mesma, disse a organização em um comunicado.
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, 39.623 pessoas morreram no território desde o início da guerra com Israel, há quase dez meses, e outras 91.469 ficaram feridas desde 7 de outubro.