O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse nesta terça-feira (6) que planeja convocar uma cúpula regional para decidir em consenso "ações" em favor da democracia na Venezuela, após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro.
Mulino deseja que participem dessa conferência os 17 países que na quinta-feira votaram por um projeto de resolução no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), que não foi aprovado, mas exigia que Maduro publicasse as atas das eleições.
"Solicitei ao Chanceler [Javier] Martínez Acha que converse com seus homólogos da região sobre a possibilidade de organizar uma reunião de Presidentes (17) no Panamá para abordar o tema da Venezuela e ensaiar mais ações que apoiem a democracia e a vontade popular do país irmão", escreveu Mulino no X.
"Espero e confio que a proposta seja aceita em breve", acrescentou o presidente direitista panamenho.
O projeto de resolução na OEA não alcançou a maioria absoluta dos 34 países. Além dos 17 votos a favor, 11 países se abstiveram e não houve votos contra.
Um dia após as eleições de 28 de julho, Mulino retirou seus diplomatas da Venezuela e colocou as relações bilaterais "em suspenso", em resposta à proclamação de Maduro como vencedor pelo órgão eleitoral venezuelano.
Além disso, o Panamá reconheceu na sexta-feira o candidato opositor Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, assim como o Peru e a Argentina, enquanto países como Estados Unidos, Equador, Uruguai e Costa Rica o consideram vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho.
Os voos comerciais entre o Panamá e a Venezuela estão suspensos há seis dias.
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