Uma advogada australiana de direitos humanos denunciou o possível sequestro de uma cliente saudita e seu retorno forçado ao reino árabe. 

Segundo Battisson, sua cliente, Lolita Safeeraldeen, chegou à Austrália em 2022 e parou de responder às suas mensagens em maio de 2023. 

Battisson pensou que a mulher, que morava em Melbourne, havia se escondido em outro lugar da Austrália, mas recentemente um familiar da cliente a informou que ela estava voltando para seu país. 

"Tenho certeza absoluta de que Lolita nunca retornaria voluntariamente à Arábia Saudita", disse ela à AFP. A embaixada saudita na Austrália não respondeu às perguntas da AFP. 

Segundo o jornal The Australian, Safeeraldeen casou-se aos 11 anos e deu à luz o primeiro filho aos 13. Ela fugiu do seu país porque sofria abusos físicos e sexuais.

Uma amiga contou sob anonimato que recebeu uma ligação "absolutamente assustadora" pedindo ajuda porque homens a estavam forçando a sair de casa, explicou Battisson. 

A amiga correu para a casa, mas foi impedida de entrar por homens que estavam na porta. Desde então, não tiveram notícias de Safeeraldeen. 

Registros do aeroporto de Melbourne mostram que uma mulher chamada Hanan Safeeraldeen (irmã da desaparecida) partiu em um avião dias após o incidente. 

Porém, as imagens de segurança não estão mais disponíveis para verificar se era Lolita. 

A Polícia Federal disse que iniciou uma investigação em junho.

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