O Exército dos Estados Unidos informou ter enviado, nesta quinta-feira (8), aviões de combate furtivos F-22 ao Oriente Médio, onde Washington está reforçando sua presença militar com a previsão de possíveis ataques do Irã e seus aliados contra Israel.

Esse envio faz parte da "mudança de postura das forças americanas na região" e tem como objetivo "enfrentar as ameaças apresentadas pelo Irã e pelos grupos pró-Irã", afirmou o comando militar americano para o Oriente Médio (Centcom), sem mencionar a localização das aeronaves.

O Pentágono anunciou na semana passada o reforço de sua presença militar na região, com mais navios de guerra e aviões de combate.

No início desta semana, sete americanos ficaram feridos em uma operação com foguetes contra uma base militar no Iraque, atribuído por Washington a um grupo pró-Irã. O ataque ocorreu poucos dias após a morte de quatro combatentes iraquianos pró-Irã em um ataque americano.

Teerã e seus aliados regionais no Líbano, Iraque e Iêmen ameaçaram Israel com represálias armadas desde o assassinato, em 31 de julho, na capital iraniana, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e de Fuad Shukr, líder militar do Hezbollah, grupo libanês pró-Irã, morto um dia antes em um ataque israelense perto de Beirute.

Israel não fez comentários sobre a morte de Haniyeh, que foi substituído no Hamas por seu principal dirigente em Gaza, Yahya Sinwar.

Sinwar é acusado por Israel de ser o autor intelectual do ataque lançado em 7 de outubro pelo Hamas em solo israelense, que deixou 1.198 mortos, a maioria civis, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Em represália, Israel iniciou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já matou 39.699 pessoas, também em sua grande maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, que controla o território palestino.

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