O Departamento de Estado dos Estados Unidos advertiu, nesta segunda-feira (12), o Irã sobre as consequências de interferência eleitoral após a campanha do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump alegar que um adversário estrangeiro havia pirateado documentos.
"Essas últimas tentativas de interferir nas eleições dos EUA não são novidade para o regime iraniano, que, do nosso ponto de vista, tem minado as democracias - ou tentado - há muitos anos", disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
Patel afirmou que os Estados Unidos já haviam expressado anteriormente sua preocupação com a atividade cibernética iraniana.
"Continuamos a ter uma série de ferramentas para responsabilizar o regime iraniano e não hesitaremos em usá-las", disse Patel, que, no entanto, não confirmou se os Estados Unidos haviam determinado que o Irã estava por trás do suposto ataque hacker.
Na Casa Branca, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, encaminhou as perguntas sobre a responsabilidade ao FBI e ao Departamento de Justiça, mas apontou para um relatório de inteligência anterior que indicava que o Irã "está trabalhando para influenciar" as eleições presidenciais de 5 de novembro.
No sábado, a campanha de Trump sugeriu que o Irã estava por trás da tentativa de pirataria informática em que documentos foram enviados a jornalistas, incluindo investigações que usaram para examinar seu companheiro de chapa, J.D. Vance.
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