Os Estados Unidos alertaram nesta segunda-feira (12) para a possibilidade de uma série de "ataques significativos" do Irã contra Israel nesta semana, e, juntamente com países europeus, pediram que Teerã "renuncie" a essa ameaça.

Em conversa telefônica com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, disse que seu país tem "o direito de responder" a qualquer agressão.

Os Estados Unidos "compartilham as preocupações e expectativas de Israel" diante de um ataque iminente do Irã e dos grupos aliados de Teerã naquela região, declarou o Conselho de Segurança Nacional americano.

Washington, que intensificou sua presença militar no Oriente Médio nos últimos dias, previu "uma série de ataques nesta semana" por parte do Irã e de grupos armados aliados, como o Hezbollah libanês.

- Reunião -

A questão foi levantada durante reunião realizada hoje entre o presidente americano, Joe Biden, e os líderes de França, Alemanha, Itália e Reino Unido. Em declaração conjunta, todos pediram ao Irã que "renuncie" a um ataque, que teria "consequências graves" para a segurança regional.

O chanceler alemão e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressaram sua preocupação em conversas telefônicas com o presidente iraniano. "O Irã nunca cederá à pressão, às sanções e à coerção, mas considera que tem o direito de responder aos agressores de acordo com as normas internacionais", disse este último, segundo comunicado divulgado pela agência oficial Irna após a conversa com o líder alemão.

A Casa Branca apontou que os possíveis ataques podem ter impacto nas discussões da próxima quinta-feira sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

- Reféns -

O braço militar do Hamas anunciou hoje que seus combatentes mataram um refém israelense e feriram duas reféns mulheres em incidentes separados na Faixa de Gaza.

O Irã e seus aliados ameaçaram Israel com uma resposta armada após o assassinato, em 31 de julho, do líder do Hamas (atribuído a Israel), e a morte, na véspera, do comandante militar do Hezbollah em um ataque cuja autoria foi reivindicada por Israel.

Teerã lançou em abril um ataque sem precedentes com drones e mísseis contra o território israelense, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano em Damasco, atribuído a Israel.

As tensão também é elevada no Líbano, após meses de trocas de disparos na fronteira entre o Hezbollah, aliado do Hamas, e o Exército israelense, que prosseguia com sua ofensiva na Faixa de Gaza, principalmente nas regiões onde enfrenta o ressurgimento do Hamas e de grupos aliados.

Os bombardeios tiveram como alvo hoje Khan Younis e Rafah, no sul, segundo moradores. No norte, o trabalho de identificação de corpos continuava, após o ataque israelense do último sábado a uma escola de Gaza, que matou 93 palestinos, segundo a Defesa Civil.

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