A China comemorou na imprensa e nas redes sociais nesta terça-feira (13) um dos melhores desempenhos olímpicos de sua história depois de conquistar 40 medalhas de ouro nos Jogos de Paris-2024.
O país obteve o mesmo número de ouros dos Estado Unidos (40), a melhor atuação olímpica fora de seu território, embora o número total de pódios da delegação americana tenha sido maior (126 contra 91).
Para alguns seguidores, no entanto, a China é a verdadeira vencedora dos Jogos, se forem incluídas as medalhas conseguidas pela região administrativa especial de Hong Kong (quatro, sendo duas de ouro) e por Taiwan (sete, sendo duas de ouro).
Em Paris, os aletas de Hong Kong participaram sob uma delegação de seu próprio território e Taiwan, ilha reivindicada pela China como parte de seu país, concorreu como "China Taipei".
Na rede social chinesa Weibo, houve várias publicações que fizeram um quadro de medalhas diferente do oficial, contando as medalhas de Hong Kong e Taiwan como da China.
Para o jornal estatal Beijing Daily, o sucesso olímpico chinês é fruto de um "duplo milagre, o do desenvolvimento rápido do país e o da estabilidade social a longo prazo". Para o também estatal Global Times, é o "reflexo de uma tendência histórica irreversível".
A agência de notícias do governo Xinhua parabenizou os atletas por terem "espalhado a amizade" em Paris e por não entrarem nas "provocações maliciosas" sobre as acusações de doping contra os nadadores chineses.
Em abril deste ano, o jornal The New York Times revelou que 23 nadadores chineses testaram positivo no início de 2021 para uma substância proibida, a trimetazidina. Mas não houve punição, já que a Agência Mundial Antidoping (WADA) aceitou a tese chinesa de contaminação alimentar.
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