A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou para baixo, nesta terça-feira (13), a projeção de crescimento regional para 2024, de 2,1% para 1,8%, devido ao “contexto internacional incerto”, e manteve a projeção para o Brasil.
“Espera-se que a América Latina e o Caribe continuem com uma trajetória de crescimento baixo”, determinado “por um nível elevado de inflação e por taxas de juros que se mantêm altas em nível mundial", diz o relatório da comissão.
“Essa situação pode se exacerbar com um possível agravamento da tensão geopolítica e comercial e com uma piora dos efeitos das mudanças climáticas”, destacou o órgão, ligado à ONU.
No campo regional, a Cepal destacou que o crescimento “é dificultado pela perda do poder de compra das famílias” e por uma orientação "restritiva da política monetária” com taxas elevadas, que afeta a demanda interna e desincentiva os investimentos.
Segundo o relatório, na década 2015-2024, os países latino-americanos tiveram um crescimento econômico baixo, com uma taxa média de 0,9%. A Cepal projeta um crescimento da região de 2,3% em 2025.
Em relação ao Brasil, maior economia regional, a Cepal manteve para este ano uma projeção de expansão do PIB de 2,3%. A projeção para a Colômbia se manteve em 1,3%.
O desempenho de México e Argentina seria pior do que o estimado em maio, de 1,9% e -3,6%, respetivamente, e para Venezuela (5,0%), Chile (2,6%), Peru (2,6%), Costa Rica (4,0%), Nicarágua (1,9%), El Salvador (3,55) e República Dominicana (5,2%), a projeção melhorou.
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