A investigação sobre a sabotagem do gasoduto russo Nord Stream em 2022, no mar Báltico, está se reorientando após uma pista ucraniana revelar uma ordem de prisão emitida pela Justiça alemã contra um mergulhador ucraniano, que de acordo com vários meios de comunicação, é suspeito de estar envolvido na ação ao lado de dois compatriotas. 

Este novo elemento da investigação que já dura quase dois anos foi anunciado nesta quarta-feira (14) pelo canal público de televisão ARD e pelos jornais Die Zeit e Süddeutsche Zeitung.

O Ministério Público confirmou à AFP que recebeu, em junho, um mandado europeu de prisão emitido pelo MP alemão contra um ucraniano que morava na Polônia conhecido como Volodimir Z.

De acordo com as regras europeias de assistência judicial, as autoridades polonesas tiveram 60 dias para reagir ao pedido alemão e prender o suspeito. Mas este último deixou a Polônia no início de julho para retornar à Ucrânia, informou o MP polonês, culpando as autoridades alemãs.

Segundo eles, as autoridades de Berlim não inscreveram o suspeito no registro de pessoas procuradas, o que permitiu a sua saída.

O vice-porta-voz do governo alemão, Wolfgang Büchner, não comentou esta última reviravolta no caso, mas sugeriu à imprensa que a Justiça alemã estava determinada a continuar as investigações sobre a sabotagem, independentemente dos autores. 

Segundo a Justiça da Alemanha, o suspeito estaria envolvido junto com outros dois mergulhadores ucranianos, identificados pela imprensa do país como Jevhen U. y Svitlana U., na sabotagem ao gasoduto no mar Báltico.

O trio teria transportado explosivos ao local a bordo de um veleiro, sobre o qual o MP alemão revelou ter aberto uma investigação em 2023.

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