A Polícia Federal Argentina (PFA) prendeu sete pessoas acusadas de integrar uma organização que planejava atentados terroristas na província de Mendoza (oeste), informou a corporação em um comunicado na noite de sexta-feira (16).
"Baseados em expressões anticristãs e antissemitas, eles disseminavam através do Telegram e WhatsApp mensagens sobre o planejamento de atentados contra a comunidade ocidental em Mendoza com conteúdo relacionado a organizações terroristas como o Estado Islâmico e o Emirado Talibã do Afeganistão", diz uma nota da PFA enviada à AFP.
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, destacou em sua conta na rede social X que "em 8 buscas, a PFA desmantelou uma perigosa organização vinculada a um grupo terrorista radical islâmico, identificada após ameaçar um jornalista da comunidade judaica".
Durante os mandados de busca, os policiais apreenderam armas de fogo, armas brancas e dispositivos eletrônicos, além de "bibliografia de origem salafista", segundo o comunicado.
A Argentina, que possui a maior comunidade judaica da América Latina com cerca de 250 mil pessoas, sofreu dois atentados: um na embaixada de Israel em 1992 e outro Associação Mutual Israelita (AMIA) em 1994.
Bullrich havia anunciado em janeiro a captura de outra célula que planejava um atentado em Buenos Aires, embora dias depois uma juíza tenha ordenado a libertação dos acusados, entre eles um cabeleireiro e um jogador de tênis de mesa, por falta de provas.
O presidente argentino, Javier Milei, manifestou em várias ocasiões que Israel é um de seus principais aliados, e Buenos Aires declarou o Hamas como uma organização terrorista em julho.
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