O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse nesta segunda-feira (19) que estava "claro" que a sabotagem do gasoduto russo Nord Stream, em setembro de 2022, no Mar Báltico, foi ordenada pelos Estados Unidos.
"Mesmo que [...] os ucranianos tenham participado nisso, é claro que não poderiam fazê-lo sozinhos. É claro que, para realizar um ataque assim, a ordem veio do mais alto nível, como dizem, e o mais alto nível para o Ocidente é, obviamente, Washington", disse Lavrov ao veículo de comunicação russo Izvestia.
A investigação sobre a sabotagem do gasoduto centrou-se em uma pista ucraniana, após a revelação pela imprensa alemã na semana passada de um mandado de prisão emitido pela Justiça alemã contra um mergulhador profissional ucraniano suspeito de estar envolvido juntamente com outros dois compatriotas.
Kiev descreveu o seu envolvimento nesta operação contra o Nord Stream como "absoluto absurdo" na quinta-feira, após acusações neste sentido pelo Wall Street Journal.
Segundo o jornal americano, que afirma basear-se principalmente em fontes militares ucranianas, o ataque com explosivos nas profundezas do mar Báltico teria sido realizado sob a supervisão do chefe do Exército ucraniano naquele momento, Valeri Zalujni, apesar da mudança de opinião do presidente Volodimir Zelensky, que pediu o fim da operação.
Os veículos de comunicação alemães, que revelaram o andamento da investigação judicial, são muito mais cautelosos quanto ao suposto envolvimento de autoridades ucranianas e tendem a isentar Zelensky.
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