O operador da usina nuclear japonesa de Fukushima anunciou, nesta segunda-feira (19), que nesta semana será enviada uma sonda ao interior de um reator danificado para realizar um teste de eliminação de resíduos radioativos.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco) pretende recorrer a uma amostra minúscula das 880 toneladas de resíduos radioativos que havia dentro dos reatores da central nuclear que foi afetada pelo tsunami do dia 11 de março de 2011.

A empresa calcula que a sonda levará uma semana para chegar aos resíduos radioativos. Em setembro, ela voltará com a amostra que será estudada para obter pistas sobre o estado dos reatores e seu conteúdo de risco, uma etapa crucial para o desmantelamento da central nuclear.

Para o fechamento da central, busca-se que o desmantelamento e a gestão dos resíduos sejam feitos de forma segura e eficaz, sem efeitos nocivos para o meio ambiente.

A retirada dos resíduos é o desafio mais importante que este projeto enfrenta. As gigantescas obras de descontaminação e desmantelamento da central levarão décadas.

Três dos seis reatores de Fukushima estavam em funcionamento quando houve o tsunami de 11 de março de 2011, que impactou a central e destruiu os sistemas de refrigeração, o que foi a pior catástrofe nuclear desde Chernobil.

Em três unidades da usina de Fukushima, o combustível e outros materiais se fundiram e se solidificaram em "resíduos de combustíveis" altamente radioativos.

O Japão começou, há quase um ano, a despejar a água usada da usina danificada no oceano Pacífico, com a aprovação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A medida gerou uma disputa diplomática com China e Rússia, que proibiram a importação de frutos do mar, apesar de o Japão insistir que o derramamento não representa qualquer perigo.

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