O presidente russo Vladimir Putin acusou, sem provas, nesta quinta-feira (22), a Ucrânia de tentar bombardear a usina nuclear de Kursk, localizada na região de mesmo nome, onde Kiev lançou uma ofensiva sem precedentes em 6 de agosto.
"O inimigo tentou bombardear a usina nuclear durante a noite", disse o presidente, em uma reunião transmitida pela televisão russa, ao lado de membros de seu governo e os governadores das regiões fronteiriças da Ucrânia.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) "foi informada" e "prometeu enviar especialistas para avaliar a situação", afirmou. "Espero que o façam", acrescentou.
Horas antes, um porta-voz da AEIA declarou à AFP que seu diretor-geral, Rafael Grossi, visitará "na próxima semana" a central nuclear de Kursk, localizada a cerca de 50 km dos combates entre os exércitos russo e ucraniano.
A AEIA solicitou "moderação máxima" na zona, após o início da ofensiva ucraniana em 6 de agosto, "para evitar um acidente nuclear que poderia ter graves consequências radioativas".
Grossi disse que está "pessoalmente em contato com as autoridades competentes de ambos os países".
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