A missão da União Europeia no Mar Vermelho disse, nesta quinta-feira (22) que retirou a tripulação de um petroleiro grego atacado no dia anterior na costa do Iêmen, e alertou sobre o “risco ambiental” representado pela embarcação abandonada.
"A tripulação do 'MV Sounion' foi resgatada e está sendo encaminhada para Djibouti, o porto seguro mais perto", disse a missão Aspides, estabelecida na área para proteger a navegação comercial.
O barco foi atingido na quarta-feira, em frente ao porto de Hodeida, no oeste de Iêmen por três projéteis, causando um incêndio a bordo e afetando sua navegabilidade, de acordo com a agência de segurança marítima britânica UKMTO.
Havia 25 membros da tripulação a bordo, dois russos e 23 filipinos, detalhou o Ministério da Marinha Mercante da Grécia.
"Transportando 150 mil toneladas de petróleo bruto, o 'MV Sounion' representa um perigo para a navegação e o meio ambiente", advertiu a Aspides, pedindo a todas as partes envolvidas que tenham “cautela”.
Segundo o Centro Conjunto de Informações Marítimas (JMIC), liderado por uma coalizão naval ocidental, o fogo foi controlado e o navio-tanque abandonado. Um membro da tripulação ficou levemente ferido.
O 'MV Sounion' é propriedade da empresa Delta Tankers, que afirmou em um comunicado que implementou um plano para “mover o navio para um destino mais seguro” a fim de avaliar os danos.
O ataque não foi reivindicado, mas a área tem sido palco de ataques há meses pelos rebeldes houthis do Iêmen, que afirmam atacar navios ligados a Israel em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, palco de um conflito entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
"Pelo o que sabemos, se trata de um ataque feito pelos rebeldes houthis", declarou, nesta quinta-feira, o secretário filipino de Trabalhadores Migrantes Hans Leo Cacdac.
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