O contingente de policiais quenianos enviado ao Haiti para restabelecer a segurança no país devido à violência das gangues, "registrou progressos significativos", anunciou, nesta segunda-feira (26), a polícia do Quênia, que alegou a recuperação do controle das "infraestruturas essenciais".

O Haiti sofre há décadas com a violência de grupos armados, que controlam 80% da capital, Porto Príncipe, e importantes eixos do país.

Neste contexto, foi implantada uma Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MMAS), aprovada pela ONU que, a princípio, estará ativa por um ano (até outubro de 2024).

A missão deve apoiar a polícia do Haiti em suas operações contra as gangues e a criminalidade, garantir a segurança das infraestruturas e facilitar o acesso dos civis à ajuda humanitária.

Dois meses depois da chegada do primeiro contingente de policiais quenianos, a MMAS "registrou progressos significativos" e pôde tirar das gangues "o controle de infraestruturas essenciais, como o aeroporto", informou a polícia queniana na rede X.

Além disso, a missão também abriu "rotas cruciais que permitiram o retorno de milhares de haitianos deslocados", dos 600 mil que há no país, segundo a ONU.

Por enquanto, o Quênia enviou 400 de um total de mil policiais para o Haiti.

Na missão, que terá de 2.500 profissionais, também participarão outros países como Bangladesh, Benin, Chade, Bahamas e Barbados. Os Estados Unidos contribuem com financiamento e apoio logístico.

A violência aumentou desde o início do ano e levou o primeiro-ministro Ariel Henry a renunciar. Desde então, as autoridades de transição foram colocadas em prática para restaurar a segurança e organizar eleições.

dyg/emp/jvb/mb/jmo/mvv