Um juiz holandês ordenou, nesta segunda-feira (26), que uma mulher pare de divulgar informações falsas sobre a existência de uma rede de pedófilos adoradores de satã em uma pequena cidade do país, sob pena de multa ou prisão.

A mulher foi denunciada pelos promotores de Bodegraven-Reeuwijk, no oeste dos Países Baixos, por se negar a parar de espalhar boatos infundados que circulam desde 2021 sobre esta localidade.

O município e o prefeito da cidade receberam ameaças relacionadas a estas calúnias.

Na sentença proferida nesta segunda, um juiz proibiu a mulher de disseminá-las, sob pena de multa de 5 mil euros (aproximadamente 30,7 mil reais) e de uma possível sentença de 60 dias de prisão.

O caso remonta a 2021, quando três homens começaram a espalhar boatos sobre a existência de uma rede satânica que supostamente abusava de crianças nesta cidade, situada cerca de 40 km a leste de Haia.

Um dos três homens dizia ter sofrido abusos na década de 1980 e testemunhado os rituais satânicos e o assassinato de crianças pequenas.

Mas em 2022, um tribunal o declarou culpado de difamação e afirmou que não tinha provas da existência de uma rede de pedofilia satânica.

Ele foi condenado a 15 meses de prisão, mas a mulher julgada nesta segunda-feira assumiu seu lugar na campanha.

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