María Corina Machado e Perkins Rocha -  (crédito: Reprodução/X)

María Corina Machado e Perkins Rocha

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A oposição venezuelana denunciou, nesta terça-feira (27), o suposto sequestro de Perkins Rocha, porta-voz da campanha de Edmundo González, que disputou as eleições presidenciais contra Nicolás Maduro.

 

María Corina Machado, líder da oposição, acusou regime de Maduro. "Perkins é nosso advogado pessoal, nosso coordenador jurídico e representante do @ConVzlaComando perante a CNE. Um homem justo, corajoso, inteligente e generoso. Um venezuelano exemplar", escreveu Corina, nas redes sociais.

 

 

Eles tentam nos quebrar, nos desfocar e nos aterrorizar. Seguimos em frente, por Perkins, por todos os prisioneiros e perseguidos, e por toda a Venezuela. Seremos livres?, escreveu María Corina Machado, em seu perfil no X (antigo Twitter).

 

Desaparecimento de porta-voz da oposição teria ocorrido por volta das 11h (horário local). "Meu marido não é um criminoso, é apenas um cidadão que anseia e luta para que todos vivamos em liberdade", destacou a mulher dele, Constanza, nas redes.

 

Até a publicação deste texto, Nicolás Maduro não havia se pronunciado sobre a acusação.

 

REELEIÇÃO CONTESTADA

 

Maduro foi reeleito, segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), com 52% dos votos. A oposição, liderada por María Corina Machado, protesta e alega ter provas de que houve fraude e da vitória do seu candidato Edmundo González Urrutia.

 

Após a publicação dos resultados, venezuelanos saíram às ruas. Ao menos 27 pessoas -incluindo dois militares - morreram nos protestos, e centenas ficaram feridas. Cerca de 2.400 manifestantes, chamados de "terroristas" por Maduro, foram presos.

 

A contestação dos resultados foi parar na Suprema Corte, comandada pelo chavismo. Na semana passada, o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela) validou oficialmente o resultado das eleições de 28 de julho e reconheceu a vitória de Nicolás Maduro.

 

 

Independência do CNE e do TSJ foi questionada por missão da ONU. Os EUA, dez países da América Latina e o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, rejeitaram a decisão do TSJ.

 

Brasil e Colômbia insistem para que Venezuela publique as atas. "Ambos os presidentes [Lula, do Brasil, e Gustavo Petro, da Colômbia] permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis", diz uma declaração conjunta divulgada no sábado (24).

 

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