A China advertiu os EUA sobre qualquer tipo de apoio às Filipinas após uma série de incidentes entre navios chineses e filipinos no disputado Mar do Sul da China, informou um meio estatal nesta quarta-feira (28).
Os "Estados Unidos não devem utilizar os tratados bilaterais como um pretexto para minar a soberania e a integridade territorial da China, nem devem apoiar ou endossar ações ilegais das Filipinas”, declarou o chefe de diplomacia da China Wang Yi a Jake Sullivan, o assessor de segurança nacional do presidente dos EUA, Joe Biden, durante um encontro em Pequim, segundo a emissora chinesa CCTV.
O assessor de segurança nacional da Casa Branca chegou na terça-feira em Pequim, e Wang assegurou que queria manter discussões "aprofundadas" com os EUA.
As tensões entre Pequim e Manila se intensificaram nos últimos meses, especialmente com uma série de confrontos no Mar do Sul da China, no qual a China reivindica uma grande parte das ilhas e recifes, apesar de uma decisão de um tribunal internacional que rejeitou essas alegações em 2016.
Pequim anunciou, na segunda-feira, que havia tomado "medidas de controle" após um novo incidente com navios filipinos perto de um atol disputado neste mar, o quarto confronto em uma semana.
Segundo a CCTV, Wang declarou a seu interlocutor americano que a China estava "firmemente comprometida com a salvaguarda de sua soberania territorial e de seus direitos marítimos nas ilhas do Mar do Sul da China".
Japão e Filipinas, dois países aliados dos EUA, responsabilizaram Pequim pelas tensões na zona. Tóquio estimou que a China era o maior "perturbador" da paz no Sudeste Asiático.
A viagem de Jake Sullivan a Pequim, que deve durar até quinta-feira, faz dele o primeiro assessor de segurança nacional americana a ir para a China desde 2016.
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