A Justiça suíça condenou, nesta quarta-feira (28), a penas de 6 e 7 anos de prisão dois diretores da empresa suíço-saudita PetroSaudi, acusados de terem desviado 1,8 bilhão de dólares (9,9 bilhões de reais) do fundo soberano malaio 1MDB.
O Tribunal Penal Federal condenou Tarek Obaid, diretor da PetroSaudi, a 7 anos de prisão e o seu ex-braço direito, Patrick Mahony, a 6 anos, informou a agência de notícia suíça Keystone-ATS.
Os dois executivos também terão que devolver ao 1MDB aproximadamente 2 bilhões de dólares (11 bilhões de reais), com 5% de juros acumulados a partir de diferentes datas desde 2009.
Os condenados podem recorrer ao Tribunal de Apelações de Bellinzona, a cidade ao sul do país alpino onde foram condenados.
Foram declarados culpados de terem participado de um vasto esquema de desvio de fundos orquestrado por Jho Low, assessor do ex-primeiro-ministro malaio Najib Razak, com a cumplicidade desse último.
Os desvios totalizariam bilhões de dólares, dos quais pelo menos 1,8 bilhão correspondem aos bens dos dois homens julgados na Suíça por "fraude, gestão desleal agravada e lavagem de capitais agravada".
A procuradora havia solicitado 10 anos de prisão contra Obaid, de 48 anos, com dupla nacionalidade suíça e saudita; e 9 anos contra o suíço-britânico Mahony, de 47 anos, por fatos que ocorreram entre 2009 e 2015, no mínimo.
As defesas solicitaram a absolvição de ambos, negando qualquer tipo de fraude.
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