O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, considerou como "muito grave" o conjunto de novas sanções impostas pelos Estados Unidos aos colonos judeus na Cisjordânia ocupada, segundo um comunicado publicado por seu gabinete nesta quarta-feira (28).

"Israel considera muito grave a imposição das sanções contra cidadãos israelenses. A questão é objeto de intensas discussões com os Estados Unidos", afirmou o texto sem fornecer mais detalhes.

Os EUA anunciaram nesta quarta-feira novas sanções aos colonos israelenses na Cisjordânia e fez um apelo a Israel para que lute contra estes grupos "extremistas acusados de alimentar a violência sobre palestinos no território".

O anúncio ocorre no mesmo dia em que o Exército israelense lançou uma operação de magnitude incomum no norte da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, na qual matou nove combatentes palestinos.

"A violência dos colonos extremistas na Cisjordânia provoca um intenso sofrimento humano, prejudica a segurança de Israel e compromete as perspectivas de paz e de estabilidade na região", declarou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, em comunicado.

"É essencial que o governo israelense exija que os indivíduos e as entidades responsáveis pela violência contra os civis na Cisjordânia sejam responsabilizados", acrescentou.

A medida afeta, sobretudo, a organização governamental Hashomer Yosh e seus dirigentes acusados de fornecerem apoio material à colônia não autorizada pelo governo israelense de Meitarin, na Cisjordânia, segundo o Departamento de Estado. 

Washington também sanciona Yitzhak Levi Filant, considerado o coordenador de "segurança" da colônia de Yitzhar.

Os EUA já impuseram uma série de sanções contra colonos israelenses e se opuseram firmemente à qualquer expansão das colônias na Cisjordânia, apoiada por membros da extrema direita do governo de Netanyahu. 

A violência aumentou na Cisjordânia desde o início do conflito em Gaza, desencadeado pela incursão dos militantes do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro.

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