O presidente russo, Vladimir Putin, que está sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) pela “deportação ilegal” de crianças ucranianas, irá na terça-feira a um país-membro do TPI, a Mongólia, que, segundo seu estatuto, deve prendê-lo quando ele chegar ao seu território.
“Putin fará uma visita oficial à Mongólia em 3 de setembro”, disse o Kremlin em um comunicado nesta quinta-feira (29).
Será a primeira viagem do presidente russo ao território de um país signatário do Estatuto de Roma desde que o TPI emitiu o mandado de prisão contra ele em março de 2023.
A Mongólia assinou o Estatuto de Roma em 2000, antes de ratificá-lo em 2002.
Cada Estado-membro deve prender qualquer pessoa que chegue ao seu território e que tenha um mandado de prisão do TPI.
O Kremlin sempre rejeitou com firmeza as acusações do TPI contra o presidente russo.
Putin evitou viajar para o exterior por quase um ano e meio e não compareceu à cúpula do Brics na África do Sul em agosto de 2023, nem à cúpula do G20 na Índia em setembro do mesmo ano.
Por outro lado, ele viajou para a China em maio, para a Coreia do Norte em junho e para o Azerbaijão em meados de agosto, países que não são membros do TPI.
O chefe de Estado russo visitará a Mongólia “a convite do presidente mongol Ukhnaa Khurelsukh”, de acordo com o Kremlin, “para participar das comemorações do 85º aniversário da vitória conjunta das forças armadas soviéticas e mongóis sobre os militaristas japoneses”.
A última visita do presidente russo à Mongólia foi em setembro de 2019.
A Mongólia, um país rico em recursos naturais, está localizada no leste da Ásia, entre a Rússia e a China, tem um vasto território e uma população de 3,4 milhões de habitantes.
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