A polícia argentina prendeu um deputado da província de Misiones (nordeste) que estava foragido após ter sido acusado de pedofilia e sobre o qual havia um mandado de prisão emitido pela Interpol, informou a imprensa local nesta quinta-feira (29).
Germán Kiczka, do partido Activar (de direita), foi preso em um acampamento na província de Corrientes na noite de quarta-feira e levado algemado, com colete à prova de balas e capacete para a vizinha Misiones em meio a uma operação policial cujas imagens foram amplamente divulgadas.
"Chega de perseguição política, esta é a foto que queriam", declarou o político à imprensa ao chegar à delegacia na cidade de Apóstoles, 940 quilômetros a nordeste de Buenos Aires, onde ficou detido nesta quinta-feira.
"O deputado não resistiu nem tentou fugir", informou o delegado Marcos López, subchefe da Polícia de Misiones.
O legislador do Activar, aliado ao partido ultraliberal do presidente Javier Milei, La Libertad Avanza, esteve foragido durante seis dias desde que foi emitido o mandado de prisão no caso em que está sendo investigado por pedofilia.
O deputado foi alvo de uma ordem de prisão da Interpol e o governo de Misiones havia sido anunciado uma recompensa por informações sobre o seu paradeiro.
Seu irmão, Sebastián, também é acusado e continua foragido.
Ambos foram denunciados pelo consumo e distribuição de material de abuso sexual infantil e zoofilia, após centenas de vídeos e conteúdos deste tipo terem sido encontrados em telefones e computadores em suas casas.
A legislatura de Misiones destituiu Kiczka por unanimidade após o anúncio da queixa na semana passada, o que permitiu ao sistema judicial ordenar sua prisão imediata.
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