A bolsa de Nova York fechou em alta nesta sexta-feira (30), impulsionada por dados positivos de inflação nos Estados Unidos e bons resultados de empresas.

O índice Dow Jones subiu 0,55%, batendo seu recorde de fechamento pela quarta vez nesta semana, enquanto o Nasdaq, do setor tecnológico, subiu 1,13% e o S&P 500 1,01%.

A bolsa de Nova York teve um dia volátil, típico de fim de mês, com abertura em alta, momentos de queda e uma subida antes do fechamento.

"Os volumes foram fracos hoje [sexta-feira], o que é lógico antes de um fim de semana prolongado [segunda-feira será feriado nos Estados Unidos]. Mas havia uma tendência de alta incentivada por boas notícias [de empresas] e indicadores positivos", resumiu Patrick O'Hare, da Briefing.com.

A inflação se manteve estável em julho nos Estados Unidos, em 2,5% na medição de 12 meses, e aumentam as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) corte suas taxas de juros em meados de setembro.

"O dado de inflação [com o índice] preferido pelo Fed está suficientemente próximo dos 2%" ao ano, a meta do banco central, "para que comece a cortar suas taxas em setembro", estimou Bill Adams, do Comerica Bank.

O cenário é, além disso, positivo para o mercado, já que o consumo aumentou de modo geral em junho.

"Não é uma economia em recessão", destaca Adams.

Wall Street também registrou bons resultados de empresas.

A designer de microchips Marvell Technology (+9,16%), menos conhecido do que outros do setor, superou as projeções de resultados esperadas pelo mercado, graças ao crescimento da inteligência artificial (IA).

A Dell (+4,33%) também apresentou resultados superiores às expectativas e aumentou suas previsões anuais.

A Nvidia subiu 1,51%, e outros grandes do setor de IA também tiveram vento favorável e fecharam em alta, como Broadcom (+3,75%), AMD (+2,11%) e Qualcomm (+3,43%).

A Intel disparou 9,49%, impulsionada por informações da agência Bloomberg, que indicou que o grupo considera dividir suas atividades de design de microprocessadores de suas operações de fabricação.

Embora setembro seja tradicionalmente um mês ruim para as ações, isso pode não se repetir este ano, apontou Patrick O'Hare.

"Neste momento, o mercado encara as sessões uma de cada vez, e vê uma economia que continua crescendo, resultados positivos das empresas e taxas de juros que vão cair", argumentou.

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