A decisão da presidente de Honduras, Xiomara Castro, de cancelar o acordo de extradição do país com os Estados Unidos foi endossada nesta sexta-feira (30) pelos chefes dos outros poderes.

Xiomara cancelou nesta semana o acordo que permitiu extraditar e prender 50 hondurenhos ligados ao narcotráfico, entre eles políticos poderosos. No dia seguinte, disse que o fez para evitar que os Estados Unidos o usassem contra militares leais a ela e que facilitasse uma tentativa de golpe de Estado.

O "respaldo completo" à decisão da presidente foi aprovado em sessão do Conselho Nacional de Defesa e Segurança, integrado, além da presidente, pelos chefes do Legislativo e Judiciário, pela cúpula militar, pelo procurador-geral e por alguns ministros.

Ao ler uma declaração, o ministro da Segurança, Gustavo Sánchez, disse que o Conselho apoiou a presidente "frente aos ataques e às ameaças da embaixada dos Estados Unidos, que pretendem desestabilizar a institucionalidade democrática" de Honduras.

O Conselho expressou sua "firme decisão de continuar o combate ao crime organizado e narcotráfico submetendo os responsáveis por esses crimes à Justiça nacional", disse o ministro da Defesa, José Manuel Zelaya, sobrinho da presidente.

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