O Ministério Público de Paris abriu, na quarta-feira, uma investigação por cyberbullying contra o diretor da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, Thomas Jolly, que denunciou os crimes, informaram fontes próximas ao caso à AFP nesta sexta-feira (2).
A investigação, a cargo da autoridade do Ministério Público que luta contra os crimes que incitam ódio na internet, está sob o guarda-chuva do escritório central de combate aos crimes contra a Humanidade e os crimes de ódio, revelaram as fontes.
Jolly fez uma denúncia na terça-feira explicando "ser alvo de mensagens de ameaças e injúrias nas redes sociais criticando sua orientação sexual e suas supostas origens israelenses erroneamente", confirmou o Ministério Público.
A cerimônia de abertura dos Jogos de Paris em 26 de julho, que incluiu drag queens, alimentou uma polêmica entre os conservadores e os setores de extrema direita tanto na França como no exterior.
A reivindicação da cultura LGBTQIA+, a participação de drag queens e uma possível alusão à ÚItima Ceia cristã acirraram os ânimos nas redes sociais.
A cerimônia foi por exemplo denunciada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, como um ataque ao cristianismo e qualificada de "vergonhosa" pelo ex-presidente americano Donald Trump.
clw-tll/bfa/alc/sag/es/dd/aa