O Ministério da Saúde libanês anunciou nesta segunda-feira (5) a morte de duas pessoas em um ataque israelense no sul do Líbano, poucas horas depois de um bombardeio do grupo Hezbollah contra o norte de Israel.

Os ataques acontecem no momento em que aumenta o temor de um conflito regional, depois que o Irã e seus aliados prometeram represálias pelos assassinatos do líder político do Hamas e do comandante militar do Hezbollah, atribuídos a Israel.

O Ministério da Saúde afirmou em um comunicado que "duas pessoas morreram em um ataque inimigo" em Mais al Yabal, localidade na fronteira com Israel.

A Agência Nacional de Informação (ANI, oficial) informou que um dos mortos era "um socorrista da associação Al Risala", que pertence ao movimento Amal, aliado do Hezbollah.

Um socorrista do grupo, Ali Abas, afirmou que o colega seguiu de moto para a área atacada com outra pessoa, para procurar possíveis vítimas, quando aconteceu um segundo ataque.

Mais Al Yabal, que fica a menos de dois quilômetros da fronteira com Israel, é cenário de intensos bombardeios desde o início da guerra, há quase 10 meses.

Assim que a guerra em Gaza entre Israel e o Hamas começou, em outubro, o Hezbollah abriu uma "frente de apoio" ao movimento islamista palestino no sul do Líbano, com uma troca de tiros diária com o Exército de Israel.

A violência na fronteira matou pelo menos 549 pessoas no Líbano desde outubro, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 116 civis, segundo um balanço da AFP.

Em Israel e nas Colinas de Golá ocupadas, 22 soldados e 25 civis morreram desde outubro, segundo as autoridades.

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