Depois de perder nas semifinais para o australiano Jack Robinson, em uma bateria em que faltaram ondas, o brasileiro Gabriel Medina superou a frustração e conquistou a inédita medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 ao derrotar o peruano Alonso Correa nesta segunda-feira (5) em Teahupo'o, na Polinésia Francesa.

O tricampeão mundial venceu com um somatório de 15.54 (7.77 + 7.77) contra 12.43 (6.83 + 5.60) do peruano.

Medina começou a bateria em desvantagem, mas conseguiu encaixar ondas melhores no fim e passou à frente e comemorou a conquista do bonze.

Os dois pegaram boas ondas ao longo da série em um duelo acirrado, mas o brasileiro soube escolher um pouco melhor as suas nos últimos 20 minutos.

Grande favorito à medalha de ouro, Gabriel Medina havia perdido um pouco mais cedo para Jack Robinson por 12,33 pontos a 6,33 depois de esperar durante mais de cinco minutos por uma boa onda que lhe permitisse reverter a desvantagem. 

Mas ela não chegou devido à falta de vento e o brasileiro só conseguiu surfar uma onda na bateria.

Em Tóquio-2020, Medina havia perdido o bronze ao ser derrotado pelo australiano Owen Wright. Naquela ocasião, na estreia dos surfe em Jogos Olímpicos, o brasileiro Ítalo Ferreira conquistou a medalha de ouro.

Gabriel Medina protagonizou aquela que é considerada por muitos a foto mais marcante dos Jogos de Paris-2024, tirada pelo fotógrafo da AFP Jerome Brouillet, na segunda-feira (29) durante as oitavas de final dos Jogos Olímpicos.

A imagem de Medina saindo de um tubo que rendeu a maior nota da história do surfe olímpico (9,90) se tornaria uma sensação mundial e, provavelmente, uma imagem definitiva do esporte e dos Jogos.

Brouillet registrou Medina voando em linha reta acima das ondas, apontando um dedo para o céu, com sua prancha apontando para o céu ao seu lado.

Uma imagem que entra para a história junto com a inédita medalha de bronze do brasileiro.

aam/am

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