A Bolsa de Tóquio e os mercados europeus se recuperaram nesta terça-feira (6), um dia após uma jornada de pânico, estimulada pelos temores de uma recessão nos Estados Unidos.

Os índices das principais Bolsas do mundo registraram quedas expressivas na segunda-feira, começando pela baixa vertiginosa de Tóquio. Em Nova York, Wall Street desabou e o índice Dow Jones, em sua pior sessão desde 2022, caiu 2,60% a 38.703,27 pontos.

O principal detonador para a queda foi a publicação na semana passada do índice de desemprego nos Estados Unidos, que em julho subiu mais que o previsto, a 4,3%.

Nesta terça-feira, os mercados acalmaram em uma "mudança de tendência", segundo analistas do Deutsche Bank.

Em Tóquio, o índice de referência Nikkei 225 subiu 10,23%, a 34.675,46 pontos, e o Topix, mais amplo, avançou 9,30%, a 2.434,21 pontos.

Na primeira sessão da semana, o Nikkei despencou 12,4%, ou 4.451,28 pontos, a maior queda em pontos de sua história.

Na Europa, um dia após resultados negativos, as principais Bolsas operavam em terreno positivo. Às 7H35 GMT (4H35 de Brasília), Frankfurt avançava 0,77%, Londres 0,47%, Amsterdã 0,76% e Paris 0,10%.

No mercado cambial, após a alta expressiva de segunda-feira, o iene cedia 1,09% em relação ao dólar, a 145,78 ienes por unidade da moeda americana às 7H30 GMT (4H30 de Brasília) e 0,98% em relação ao euro, a 159,46 ienes por euro.

Segundo os dados divulgados na semana passada, a economia dos Estados Unidos criou 114 mil empregos no mês passado, uma queda na comparação com o mês anterior e inferior ao esperado, enquanto a taxa de desemprego subiu a 4,3%, o maior nível desde outubro de 2021.

Os números deram aos investidores a impressão de que o Federal Reserve (Fed) adiou os cortes nas taxas de juro por muito tempo, o que pode resultar em uma recessão, segundo os analistas.

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