Fabiola Yáñez, ex-companheira de Alberto Fernández, que foi presidente da Argentina entre 2019 e 2023, o denunciou por violência de gênero nesta terça-feira (6), depois que supostas mensagens que indicariam agressões contra a ex-primeira-dama, incluindo fotos que a mostrariam ferida, foram vazadas à imprensa.

Yáñez "ligou para o (juiz) doutor Julián Ercolini e disse 'quero fazer uma denúncia criminal, quero denunciá-lo pelos delitos das agressões que recebi dele e pelas ameaças que venho sofrendo'", disse o advogado da suposta vítima, Juan Pablo Fioribello, ao canal La Nación +.

A denúncia foi feita no juizado onde Julián Ercolini atua e, segundo a mídia local, o magistrado proibiu o ex-presidente de deixar o país e também ordenou "medidas de restrição e proteção" contra ele.

A denúncia surgiu a partir do vazamento para a imprensa de mensagens entre Yáñez e a secretária particular de Fernández, María Cantero, nas quais a ex-primeira-dama teria relatado agressões sofridas do então presidente, inclusive com fotografias.

As mensagens foram descobertas, explicou Fioribello, no contexto de outro caso que também está sendo conduzido por Ercolini, que investiga supostos atos de corrupção cometidos durante a gestão de Fernández, para o qual o celular de Cantero, do qual teriam saído as mensagens, foi periciado.

Fioribello também afirmou que Ercolini se reuniu virtualmente com Yáñez em julho para informá-la sobre as mensagens que havia encontrado, mas a ex-primeira-dama decidiu não fazer nenhuma denúncia naquele momento.

Yáñez (43) e Fernández (65), que foram casados durante todo o mandato deste último e tiveram um filho em 2022 chamado Francisco, estão atualmente separados. Yáñez vive em Madri com o filho, enquanto Fernández mora em Buenos Aires.

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