O presidente argentino, Javier Milei, somou-se ao repúdio de políticos ao seu antecessor Alberto Fernández (2019-23), alvo de uma denúncia de violência de gênero feita nesta terça-feira (06) por sua ex-companheira Fabiola Yáñez.

Em mensagem publicada hoje no X com o título "A hipocrisia progressista", Milei diz que "a solução para a violência que os psicopatas exercem contra as mulheres não é criar um ministério da mulher. A única solução para reduzir o delito é sermos duros com aqueles que o cometem."

O presidente afirmou ter acabado "com essa fraude que intitularam [no governo Fernández] 'políticas de gênero', uma fraude da qual alguns poucos se beneficiaram, mas que foi financiada por todos os argentinos", criticou, referindo-se ao Ministério das Mulheres, criado por Fernández, que Milei dissolveu ao assumir a Presidência, em dezembro de 2023.

Também repudiaram Fernández membros da aliança política que o levou à Presidência em 2019, como a líder política feminista Ofelia Fernández, que o xingou e o chamou de “psicopata”.

Malena Galmarini, líder aliada e mulher do ex-ministro da Economia de Fernández Sergio Massa, publicou no X: “A violência de gênero existe, não tem cor política e é sempre condenada. Estamos do lado da vítima."

A primeira ministra das Mulheres, Elizabeth Gómez Alcorta, solidarizou-se com Fabiola Yánez no X e atacou aqueles que criticaram o gabinete que ela comandou entre 2019 e 2022: “O ministério era uma ferramenta institucional para reverter tanta desigualdade e violência”, e não “um vigia dos comportamentos violentos do presidente ou de qualquer outro funcionário."

No campo político oposto, o deputado governista José Luis Espert acusou Fernández de ser “um lixo” e de merecer “escárnio pelo resto da vida”.

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