A Petrobras informou na quinta-feira (8) um prejuízo líquido de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre de 2024. 

Os resultados foram afetados principalmente pelo cumprimento de um acordo para encerrar uma disputa tributária com o governo e pela variação da taxa de câmbio entre o dólar e o real no período, disse a empresa em comunicado. 

A Petrobras havia reportado lucro líquido de 23,7 bilhões de reais no primeiro trimestre, o que representou uma queda de 34,9% em relação ao mesmo período de 2023. 

É a primeira avaliação da gestão de Magda Chambriard, nomeada presidente da Petrobras no final de maio para substituir Jean Paul Prates. 

"Os resultados operacionais foram sólidos e ocorreram dentro do esperado. Eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União, e a marcante volatilidade cambial no período, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna da empresa, afetando também o resultado do trimestre", frisou Chambriard, citada no comunicado.

Por outro lado, o conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de 13,57 bilhões de reais em dividendos e juros sobre capital próprio aos acionistas pelo segundo trimestre, indicou a empresa em comunicado separado. 

A soma equivale a 1,05 real por ação ordinária e preferencial. 

A retenção de dividendos extraordinários em março, relacionados aos resultados de 2023, frustrou as expectativas do mercado e gerou polêmica. 

A situação se acalmou no final de abril, quando autoridades e acionistas aprovaram a distribuição de metade desses recursos, cerca de 22 bilhões de reais.

O restante foi para uma reserva que, segundo as autoridades, garantiria esses pagamentos no futuro. 

Em 2023, a Petrobras obteve um lucro anual atribuído aos acionistas de 24,884 bilhões de dólares, 32% inferior ao obtido em 2022.

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